terça-feira, janeiro 10, 2006

Querida Theresa,

São nessas madrugadas intermináveis que me tomo pela inspiração e vontade de lhe escrever.Narrar à você minha história,meu pesar,meu penar.Estou radiante de não caber em mim mesmo.Minha imagem já não é a mesma e nela lê-se:FELICIDADE.O presente tão esperado,encomenda,de um vale distante, quase inatingível,chegou.Veio a trote,a cavalgadas tão rápidas que de supetão,fizeram-me o coração desparar.

A minha amada já não se vai mais.Recebeste pela divina,a oportunidade de ficar mais e aqui descobrir o quão belo e tamanho ainda meu vale o tem para oferecer.Meu jardim parece reflorecer.As violetas cantam sinfonias,gritam,de esbravejar alegria.Até as cores mudaram.Hoje, mais do que nunca, percebo o real valor de uma perda temida.

Peço desculpas por não ter-lhe respondido com destreza como deveras.É que em meio a toda essa angústia passei desapercebido por muitos e muitas.Até quase capaz fui eu,de soterrar uma mulher invisível.A dificuldade dos pergaminhos e penas leves que esmagaçadas são por minhas mãos, devido a veracidade que minhas palavras ejaculam ao serem transcritas, também me cansam.É preciso compreender que já não sou o mesmo de tempos atrás.A mocidade passou e isso não se recupera.

Mas vamor ver as coisas com outros olhos.Afinal nunca se é velho,experiente assim prefiro me referir ao fato de crescer,duas vezes na vida.Ó vida que nos leva a navegar por mares nunca então havistados,nem pelos mais velhos e ancestrais piratas da literatura.Já estou eu a dissertar sobre o que não me é de conhecimento... Sabe lá também, a literatura tão repleta e completa... Devem de haver piratas.Ora se devem!

Fico feliz ao ver a sua rápida adaptação as minhas terras.Tomara-lhe que um dia resida por aqui e não esteja à passeio como por agora.Há de conhecer ainda as profundezas de meus rios e o doce açúcar que minhas mulheres exalam ao encrementar grandes mesas e jantares.

Respeitosamente,

Rei de Ouros