terça-feira, abril 10, 2007

Meu Rei,

Por quanto tempo não reviramos o nosso jardim? As folhas já estão secas de tanta estiagem, as pegadas levadas apagando dali ate o ultimo resquício de nós dois.
Mas este cheiro, esse vento que sopra me avisando que no jardim das emoções, como nas folhas secas, por fora tudo indica finalização, mas por dentro é verde vivo. No nosso jardim as pegadas são eternas, porque foram feitas de amor. No nosso jardim, as flores se deitam, mas seu perfume permanece na memória desses amados.Amados poéticos.

O povo mudou, as muralhas caíram. Esse nosso mundo não é mais o mesmo, os novos tomaram conta, nos fizeram velhos e sábios. É nossa vez de ter uma escrita pouco mais cansada, é a nossa hora de um correio mais distante.
E é esse que me motiva a escrevê-lo mais uma vez majestade, pois a nossa vivacidade, a nossa historia, as nossas cartas, tudo isso somos nós e a nós, só nós temos. Guardo comigo as palavras que outrora dissestes e clamo que esta voz que chama constante não seja apenas eco de uma carta selada na caixa de correio, esperando por ser lida.

Com ares de novos tempos, caminho por aqui, mas estando, de quando em quando, por ai, nesse reino que é nosso.De verdade.